terça-feira, 29 de outubro de 2013

TURBINELLIDAE

A concha dos Turbinellidae é em geral muito espessa e pesada, ornamentada com nódulos ou espinhos fortes e apresentando, de característico, pregas columelares em espiral que terminam na região parietal. A abertura e estreita e se prolonga , na região anterior, por um anal sifonal de comprimento variável. Os turbinellidae são animais carnívoros, predadores de outros moluscos ou vermes, mas tem movimentos lentos e são muito tímidos, recolhendo-se em suas conchas ao mais leve sinal de perigo.


Foto: Marcelo Castro

Turbinella laevigata Anton,1839
Endêmica do litoral brasileiro do Amapá até o Espirito Santo.
A concha mede até 14,0 cm de comprimento, co 7 ou 8 voltas globosas, lisas e revestidas por periostraco espesso, de cor marrom clara ou escura.Espira aguda ,baixa, com voltas que se tornam gradativamente mais arredondadas e volta do corpo igual ou pouco maior que 2/3 do comprimento total da concha. Ornamentação constituída por tubérculos arredondados, restritos as espiras iniciais e cerca de 10 elevações em espiral, filiformes,próximo ao ombro das espiras e também na região externa do canal sifonal. Linha de sutura uniforme, acompanhada de um sulco profundo. Abertura pequena, alongada, com canal anal na região posterior e canal sifonal curto na anterior.Região parietal, nos adultos, com escudo porcelanáceo, desenvolvido, formando, contínuo ao canal anal, um calo arredondado e espesso. Lábio interno com tres pregas columelares, altas, as duas posteriores maiores; lábio externo afilado, com cordão espiral irregular na face interna da maioria dos espécimes.

Foto: Marcelo Castro


Vasum cassiforme Kiener,1841
Endêmica do litoral brasileiro, do Rio Grande do Norte até a Bahia.
Concha com até 9,0 cm de comprimento, de contorno bicônico e com aproximadamente 8 voltas revestidas por periostraco espesso, de cor marrom cara a escura. Região da espira expandida, com lados achatados e volto do corpo de comprimento maior que 3/4 do comprimento total da concha. Ornamentação constituida por cordões em espiral ( cerca de 12 na volta do corpo ) , numerosas elevações filiforme, axiais, formando lâminas delicadas, especialmente sobre os cordões em espiral e ombro das espiras com uma fileira de tubérculos rombos, proeminentes, desenvolvendo-se em espinho ( 8 ou 9 ) grandes, rombos e ocos na face anterior. base da concha com 3 a 5 fileiras em espiral de tubérculos proeminentes. Abertura com lábio externo expandido, curvado para o dorso e guarnecido por crenulações elevadas, arredondadas, de cor marrom. Região posterior do lábio externo alargada e contínua com o escudo parietal; este é porcelanáceo, de cor marrom púrpura e fortemente côncavo na área oposta á do canal sifonal. Columela com 3 pregas espirais, pouco desenvolvidas, a mais anterior geralmente muito fraca. canal sifonal curto com extremidade distal curvada para cima e região umbilical selada pelo escudo parietal.


Texto : Osmar Domaneschi



sábado, 26 de outubro de 2013

DESCUBREN UN IMPRESIONANTE CARACOL CON CONCHA SEMITRANSPARENTE A UN KILÓMETRO BAJO TIERRA

Descubren un impresionante caracol con concha semitransparente a un kilómetro bajo tierra


Ele foi descoberto e descrito cientificamente um novo e peculiar espécie de caracol, adaptados para a vida em cavernas. O caracol foi encontrado em um dos 20 sistemas de cavernas mais profundos do mundo, o de Jama-Trojama Lukina na Croácia. descoberto A nova espécie pertence a um gênero de minutos caracóis terrestres respiram ar, mas eles perderam a capacidade de orientar visualmente pelo ambiente. Os caramujos do gênero são considerados verdadeiros homens das cavernas exclusivas. tholussum Zospeum A nova espécie é um caracol frágil e pequena com uma bela concha em forma de cúpula transparente. Um único espécime foi encontrado nesta expedição através das galerias do sistema de cavernas de Lukina Jama-Trojama. O animal foi encontrado a uma profundidade de 980 metros, em uma câmara sem nome, cheio de pedras e areia, com um pequeno riacho que passa por ele. investigação culminou com a descrição científica de Alexander M. Weigand, Instituto de Ecologia, Evolução e Diversidade atribuída a Universidade Goethe de Frankfurt, na Alemanha. Weigand é membro do croata biospeleological Society, com sede em Zagreb, Croácia. Todas as espécies conhecidas do gênero Zospeum têm uma capacidade limitada para se mover. Sua necessidade de ficar em um habitat barrenta, eo fato de que geralmente preferem viver perto do sistema de drenagem de sua caverna, perto do fluxo de água, sugerem que estes animais não necessariamente permanecer sempre na mesma área onde são cultivadas. Os cientistas acreditam que a dispersão destes caracóis a distâncias relativamente grandes é alcançada por transporte passivo no fluxo ou em animais maiores que se deslocam através da área. O único espécime vivo tholussum caracol Zospeum encontrado por cientistas no Lukina cavernas definir JamaTrojama. O animal foi fotografado em uma câmera desse conjunto, uma milha de profundidade sob a superfície da terra. (Foto:. Jana Bedek, HBSD CC-BY 3.0) O sistema de cavernas Lukina Jama-Trojama é o mais profundo da Croácia, e é notável pela sua verticalmente, seus poços muito profundos e grande profundidade de 1.392 metros. Do ponto de vista ecológico, este sistema de cavernas é extremamente interessante ter três camadas microclimáticas: primeiro, a faixa de entrada de geada, com temperaturas de cerca de 1 grau centígrado. Em segundo lugar, uma parte do meio, com temperaturas de até dois graus. Finalmente, a zona mais baixa, com temperaturas de 4 graus. Estas condições ecossistemas forma incomum ambiental e tornar o sistema de cavernas extremamente interessantes para os cientistas do ponto de vista da biodiversidade.


NOVAS AQUISIÇÕES PARA COLEÇÃO

Neobeliscus calcarius (Born,1778) Coletado em Coaraci,Itabuna,Bahia
em uma plantação de cacau
Fulgoraria kaneko Hirase,1922
coletado por pescadores locais com rede de arrasto em Ulsan, Coreia do Sul
Fulgoraria keneko Hirase,1922
Ericusa sericata Thornley,1951
Coletado por pescadores locais com redes em Cape Moreton, Queensland
Australia
Vexillum filiareginae Cate,1961
Coletado por mergulhadores entre corais na Ilha de Batayan, Filipinas
Vokesimurex chrysostoma (Gray in Soweby,1834) coletado por pescadores locais
em Cabo de La Vela, Colômbia

Chicoreus spectrum (Reeve,1846) coletado por barcos de pesca em Guarapari,
Espírito Santo, Brasil.

TONNIDAE

Os Tonnidae vivem em mares tropicais e em regiões quentes de mares subtropicais.Quatro Gêneros são conhecidos: Eudolium Dall,1889,Oocorys Fischer,1883; Malea Valenciennes,1832 e Tonna Brünnich,1772 que é o maior gênero em espécies e dimensões da concha. Tonna melanostoma Jay,1839 está entre os maiores gastrópodes viventes e atingem 28 cm de comprimento por 24 cm de diâmetro e uma capacidade de 3.200 ml.
Na maioria dos tonídeos a concha é fina e leve, mas surpreendentemente forte para o seu peso. O animal, quando visto rastejando,parece grande demais para recolher-se completamente na concha. A cabeça e pé são amplos e através da boca sai uma probóscide cilíndrica, muito extensível , podendo ser muito maior que o próprio comprimento do animal. Na probóscide desembocam glândulas cuja secreção contém ácido sulfúrico, notavelmente em Tonna galea (Linné,1758). Esses animais tem hábito predador e a secreção serviria para dissolver estruturas calcárias como espinhos ou espículas,facilitando a ingestão das presas que são em geral, caranguejos, peixes e ouriços-do-mar.Todas as espécies dos Tonnidae são de sexos separados, produzem larvas livre-natantes que se transformam em jovens de vida pelágica com opérculo , mas o perdem quando assumem o hábito rastejador. Com exceção das espécies de Oocorys, todos os Tonnidae adultos são desprovidos de opérculo.

TONNIDEOS DO BRASIL



Foto: M.Castro

















Tonna galea (Linné,1758)
Concha grande atingindo excepcionalmente 25 cm de comprimento, fina e forte. Espira pouco elevada e linha de sutura acompanhada por um canal profundo. Escultura em espiral constituida de 19 a 21 cordões largos e baixos na volta do corpo; os da região mediana-dorsal geralmente intercalados por um cordão mais estreito.Superfície revestida por perióstraco fino, decíduo, de cor amarelada a marrom uniforme.Abertura suboval , grande; lábio externo delgado, fortemente crenulado e refletido sobre o umbílico e mais evidente em espécies adultos.



Foto: M.Castro

















Tonna maculosa (Dillwin,1817) 
Concha de até 20cm de comprimento, fina e forte.Espira pouco elevada,linha de sutura acompanhada por um sulco evidente, em número de 20 a 22 sobre a volta do corpo. Primeiras voltas da concha geralmente marrom-rosadas e as restantes com manchas marrons interrompidas por barras esbranquiçadas sobre os cordões.Dois ou mais cordões podem ter o mesmo padrão de ornamentação formando faixas definidas e o conjunto lembra a plumagem de uma perdiz. Abertura suboval , grande; lábio externo fino,ligeiramente crenulado e se espessando no adulto.Escudo parietal fino, porcelanáceos e refletido sobre o umbílico.


Foto: http://www.depaq.ufrpe.br


















Malea noronhensis Kempf & Mattews, 1969 
Endêmica de ilhas oceânicas brasileiras: Fernando de Noronha,Atol das Rocas e Ilha Trindade. Em águas rasas e fundos arenosos.
Concha (holótipo) com 7,0 cm de comprimento, sólida e pesada.Espira curta; linha de sutura acompanhada por sulco aprofundando em direção à volta do corpo; escultura em espiral constituída por 14 cordões espessos e achatados sobre a volta do corpo.Superfície externa esbranquiçada, com manchas marrom-amareladas, distribuídas irregularmente.Abertura estreita, alongada, de cor laranja. Escudo parietal formando um calo espesso sobre o lábio interno e refletido  sobre o umbílico. Lábio interno com 11 dentes , os 6 anteriores mais pronunciados; uma depressão rasa separa dos outros dentes sobre a columela, sendo o posterior mais forte e o anterior ligeiramente bífido. Lábio externo espessado, refletido e guarnecido, na face interna, por 11 dentes desenvolvidos. A margem externa desse lábio forma uma projeção delgada e crenulada. A região parietal, calo e lábio externo são de cor branca.


Foto: Molluscs net



















Eudolium crosseanum (Monterosato, 1869)

Texto: Osmar Domaneschi








terça-feira, 8 de outubro de 2013

BAIA DE TODOS OS SANTOS


A Baia de Todos os Santos, com superfície de 1.233 km , é o segundo maior acidente geográfico no Brasil,com dimensão inferior a Baia de São Marcos, no Maranhão. Fazem ainda parte deste sistema duas outras baias de menores dimensões, respectivamente as de Iguape e a de Aratú, com 56 ilhas , sendo as de Itaparica a maior ilha marítima do Brasil e a Ilha dos Frades as mais importantes. Sua barra tem 14 km de extensão, com profundidades que oscilam entre os 25 e 35 m. Em sua borda leste destaca-se a escarpa de Salvador, onde se observa também uma preponderância de costões rochosos, característica mais frequente na região sudeste. Entretanto, dentre os substratos rochosos mais importantes estão os quebramares artificiais de proteção do porto da cidade, um com aproximadamente 900 m de extensão (Quebra-mar Sul, ou da Capitania dos Portos), o outro com 1300 m (Quebra-mar Norte). Abrigando os únicos e importantes recifes de coral da Baía de Todos os Santos – Recife das Pinaúnas e Recife das Caramuanas, respectivamente em suas faces leste/sudeste e sul. O Canal de Itaparica, situado entre a ilha e o continente a oeste, afunila em rumo sudoeste, apresentando amplos manguezais especialmente em suas porções mais estreitas.Seus limites são o Porto da Barra ao Norte e a Ponta do Garcel ao Sul.
Navegadores europeus ai aportaram no primeiro dia do mês de novembro ( dia de Todos os Santos) em 1501, a Cidade do Salvador, fundada em 1549 na península situada entre aborda leste da Baia de Todos os Santos e o Oceano Atlântico, inteiramente voltada para o mar e para sua defesa, em virtude de sua situação geopolítica estratégica, tornou-se a primeira capital do Brasil e o mais importante centro urbano entre todas situadas na Baía e seu entorno. 








sexta-feira, 4 de outubro de 2013

BELOS E MORTÍFEROS NUDIBRÂNQUIOS

BELOS E MORTÍFEROS NUDIBRÂNQUIOS

 
Hopkinsia rosacea

O esplendor destes seres hipnotiza. Mas, para os inimigos, estes predadores vorazes dispõem de um fabuloso arsenal de ácidos e venenos, retirados dos próprios adversários.

Parecem invenções de crianças talentosas ou exercícios de imaginação. Com suas cores quase brilhantes, apresentam tal profusão de saliências onduladas, órgãos sensitivos e florestas de "dedos" sinuosos que é difícil distinguir qual lado é qual. Lindos, delicados, de aspecto inofensivo, são os equivalentes subaquáticos das borboletas. Mas também são animais, sobrevivendo no mundo do coma-ou-seja comido, às vezes presas, às vezes predadores. Mais ainda, fizeram uma aposta no jogo da evolução, abrindo mão do abrigo que sempre protegeu os animais de seu tipo, e parecem ter vencido com folga. Os nudibrânquios filigranados são lesmas-do-mar, fotografados sob a água não como modelos bonitos, mas como seres vivos empenhados na luta pela sobrevivência. Foram observados defendendo-se, atacando, comendo, escondendo-se, batendo em retirada, picando, nadando. Todos são carnívoros, pelo menos até onde se sabe, predadores vorazes e de movimentos lentos que se alimentam de presas ainda mais vagarosas ou imóveis. Pertencendo à subclasse dos moluscos conhecidos como opistobrânquios, seus integrantes mais numerosos e conhecidos são os nudibrânquios (literalmente, guelras ou brânquias nuas; na maioria das espécies, as plumas das guelras ficam na parte externa do corpo).
Todas as lesmas-do-mar têm uma língua áspera chamada rádula; possuem também um "pé" carnudo que as propele para a frente, seja através de contrações musculares, seja pelo movimento concatenado dos pêlos localizados na parte inferior do pé. A subespécie dos nudibrânquios que compõe a grande maioria da subclasse, exibe na cabeça um par de órgãos sensores. Em linhas gerais, os nudibrânquios são caramujos, com uma diferença: eles abriram mão da proteção da concha no seu estágio adulto. No lugar dela, recorrem a um vasto arsenal de defesa para proteger seus corpos macios num oceano cheio de predadores esfomeados. A ausência da concha torna-os mais ágeis. Por isso, embora a maioria dos nudibrânquios ainda rasteje no fundo do mar, muitos são capazes de nadar, ao menos o suficiente para procurar um parceiro ou fugir de algum predador. Mesmo sem a concha para dificultar seus movimentos, a maior parte dos nudibrânquios não usa a fuga como principal meio de defesa. Ao contrário, permanecem no chão, apostando suas vidas no êxito da camuflagem ou da guerra química.Cores vivas podem ser úteis para advertir predadores de que as pretendidas presas são nocivas ou mesmo tóxicas; as cores são úteis também para o animal se esconder: um nudibrânquio vermelho-vivo "desaparece" quando estacionado sobre uma esponja do mar da mesma cor. O nudibrânquio freqüentemente adquire a cor do alimento que costuma consumir. A dieta da espécie vermelha, por exemplo, é a esponja do mar vermelha. O rosa-brilhante do Hopkinsia rosacea um nudibrânquio da costa do Pacífico, resulta de um pigmento carotenóide específico, a hopkinsiaxantina; esse pigmento só é encontrado no biozoário Eurystomella bilabiata, que, por coincidência, é o alimento daquele nudibrânquio. A guerra química é a arma escolhida por muitos nudibrânquios para se defenderem. Alguns segregam ácidos, e estes causam sensações que muitos peixes, mas nem todos, acham extremamente desagradáveis. Outros produzem toxinas, algumas delas tão poderosas que um único nudibrânquio colocado num balde com peixes ou caranguejos pode matá-los em cerca de uma hora (em circunstâncias normais, o inimigo recebe uma dose pequena, suficiente para repeli-lo mas não para matá-lo).
Um grupo de nudibrânquios conhecidos como eolídeos utiliza as armas de suas próprias vitimas. Eles se alimentam de outra categoria de invertebrados marinhos, os celenterados, especialmente hidróides e anêmonas-do-mar. Estas últimas, por sua vez, têm uma característica comum aos celenterados: a produção de nematocistos, pequenas cápsulas que podem disparar um filamento enrolado e oco, semelhante ao arpão de uma baleeira. O nematocisto fura a pele da vítima e injeta uma toxina (é assim que as águas-vivas, outro grupo de celenterados, queima banhistas). Quando um eolídio come um hidróide ou uma anêmona-do-mar, ingere os nematocistos sem maiores problemas. O sistema digestivo do nudibrânquio neutraliza os nematocistos maduros, mas envia os imaturos para as bolsas especiais que possui na ponta dos "dedos", ou ceratos, onde vão se transformar em verdadeiras armas. Os ceratos são freqüentemente a parte mais colorida do nudibrânquio podem atrair a atenção do predador, desviando-a da cabeça ou das regiões vitais do animal.
Um peixe que morder esses apêndices receberá um bocado de nematocistos, além de algumas secreções de gosto horrível, e rapidamente perderá o interesse pelo banquete. O nudibrânquio então rastejará para longe usando seu pé gastrópode e rapidamente conseguirá regenerar os ceratos perdidos. Alguns nudibrânquios têm a capacidade desconcertante de romper os ceratos que um predador houver abocanhado, do mesmo modo que alguns lagartos deixam a cauda com o predador enquanto escapam. Das cerca de 3 mil espécies de opistobrânquios conhecidos, aproximadamente 2500 são nudibrânquios. Destes, as lesmas-do-mar são encontradas em todos os oceanos, das regiões polares aos trópicos, e em virtualmente todo tipo de hábitat. Elas variam em tamanho, desde espécimes pequenos o suficiente para rastejar entre grãos de areia até a lebre-do-mar, um dos maiores gastrópodes do mundo, que pode chegar a 1 metro e pesar 66 quilos.
Apesar desse sucesso evolutivo e de seu arsenal de defesas, os nudibrânquios não levam uma vida despreocupada. Já foram vistos caranguejos arrancando os ceratos de eolídeos antes de devorá-los. E alguns opistobrânquios preferem consumir os seus iguais. De qualquer forma, um mecanismo de defesa pode ser considerado um sucesso mesmo quando o nudibrânquio que o utiliza é morto: se a refeição tiver um sabor amargo para o vencedor, ele evitará nudibrânquios no futuro. Então, a espécie inteira sai ganhando. Mas há mais coisas na vida, é claro, do que tentar saber quem está devorando quem, até mesmo para os gastrópodes subaquáticos sem concha. E não é surpreendente que essas criaturas fantasiadas de cores alegres tenham desenvolvido formas interessantes de lidar com esse desafio universal. Todos os opistobrânquios são hermafroditas; cada indivíduo possui órgãos reprodutores dos dois sexos. Qualquer membro de determinada espécie pode acasalar-se com outro.
Na maior parte dos casos, dois nudibrânquios se colocam em direções opostas, de tal modo que o lado direito de um se une com o do outro, e trocam esperma; assim, ambos são fertilizados. Grupos de lebres-do-mar formam longas correntes de acasalamento, em que cada animal faz o papel de macho para o que está a frente e o de fêmea para o que está atrás. O Onchidoris bilamellata, o nudibrânquio que se alimenta de craca, já foi visto algumas vezes congregado aos milhares, em grandes grupos de acasalamento. Os ovos são postos em massas gelatinosas, que se grudam a alguma superfície dura. Os ovos da maioria dos nudibrânquios dão origem a larvas que já nascem nadando, movendo-se com outros plânctons e dispersando-se ao longo da costa. Nesse estágio, exibem a concha característica de sua classe. Mas depois de um período variável descem ao fundo do mar, pousando muitas vezes diretamente sobre um indivíduo de cuja espécie eles irão se alimentar quando adultos. Eles se transformam em adolescentes, já sem a concha, e finalmente em adultos. Existem muitas coisas não sabidas sobre os nudibrânquios incluindo o que alguns comem. Eles são difíceis de estudar porque tendem a ser transitórios; ao contrário da maioria dos invertebrados marinhos, não se pode contar com sua presença quando se precisa deles. Biólogos começaram recentemente a estudar o papel dos nudibrânquios em relação a outras espécies. Eles não são propriamente dominantes em determinada área, ao que parece, mas pelo menos em alguns casos influenciam que outros organismos dominem ou não. Um nudibrânquio encontrado ao longo das costas de todo o hemisfério norte, chamado em inglês shaggy rug  (tapete peludo, desgrenhado), alimenta-se de anêmonas-do-mar, especialmente de uma de vida longa que pode dominar uma área considerável ao competir com sucesso com outros organismos sésseis (seres que, não tendo suporte próprio, se "enraízam" em outros organismos, como cracas e ostras).

 

Onchidoris bilamellata

Tanto estudos de laboratório como pesquisas de campo sugerem que a predação exercida pelo nudibrânquio impede o monopólio da anêmona-do-mar e deixa espaço para outras espécies se desenvolverem, aumentando assim a diferenciação da comunidade. O grande número de nudibrânquios que se alimentam de esponjas pode ter um impacto similar na costa do Pacífico, onde estes organismos são potencialmente dominantes. Os nudibrânquios são mais do que belas curiosidades biológicas. Os humanos, como sempre, já acharam utilidade para eles. Poucos são comestíveis; só um, o tochni tem servido de alimento regular para os índios aleútes e para os habitantes das Ilhas Kurilas, na União Soviética. Outros nudibrânquios especialmente as lebres-do-mar, são usados na medicina chinesa. Os opistobrânquios têm um valor maior nas pesquisas neurofisiológicas. Como a fabulosa lula, que revelou tantas coisas aos pesquisadores, alguns têm células nervosas imensas: quase 1 milímetro de diâmetro no caso da lebre-do-mar da Califórnia.
Os neurônios não são apenas grandes: são tão constantes em sua posição e coloração que células correspondentes podem ser facilmente localizadas em outros indivíduos. Os fisiologistas podem assim ter certeza do que estão descobrindo, especialmente à medida que fazem a conexão entre nervos específicos e ações complexas do corpo. Por esse motivo, uma das espécies foi coletada tão intensivamente que, em alguns lugares, poucos adultos podem ainda ser encontrados. Ao fim e ao cabo, no entanto, não são nem os avanços neurológicos nem a promessa de uma compreensão ecológica melhor que tornam esses pequenos moluscos facilmente reconhecidos por biólogos e mergulhadores. Eles são tão coloridos e suas formas tão maravilhosamente improváveis que nem é preciso perguntar para que servem.


REVISTA SUPER INTERESSANTE 029, FEVEREIRO 1990

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

CASSIS TUBEROSA L.,1758

Família Cassidae,Subfamília, gênero Cassis. Cassis tuberosa L.,1758 Shell varing from 10 to 200 mm in length, with 7 to 10 globose whorls. Color brownish cream with patches os dark brown on the outer lip.Sculpture finely reticulated.Umbilicus present. False umbulicus underneath the parietal shield. Operculum of aperture length.Sand with algae bottom; occcasionally on reefs, 1 to 10 meters. Edible species.

Família Cassidae, Subfamília, Gênero Cassis. Cassis tuberosa, L., 1758 Concha variando de 10 a 200 mm de comprimento, com 7 a 10 voltas globosos. De cor creme com manchas acastanhadas de marrom escuro no lábio exterior. Escultura finamente reticulado. Umbigo presente. umbigo falso sob o escudo parietal. Opérculo de comprimento abertura.
São carnívoros, predadores especialistas em equinóides, e normalmente de vida solitária. C. tuberosa habita tanto áreas de praias quanto ambientes recifais alternando os itens da sua dieta em relação ao habitat onde vive, ou seja, alimenta-se de ouriços-do-mar em ambientes recifais e de bolachas-da-praia em praias arenosas. Devido à beleza de sua concha em todas as fases do seu crescimento, durante décadas, C. tuberosa tem sido alvo da pesca para fins ornamentais.








FUSINUS FRENGUELLI (Carcelles,1953)

Família fasciolariidae, Subfamíia Fasciolariinae, Gênero Fusinus. Concha grande, com 118x31 mm, toda branca, protoconcha com 2 1/2 e teleoconcha com 9 a 10 espirais convexas. Escultura com fortes costelas axiais (18 a 20 no último verticilo) atravessada por cabos espirais (6-7 nos giros médio) canal sifonal ligeiramente inclinada para a esquerda. Perióstraco fino, amarelo-acastanhado. Vive em fundos arenosos de 30-160 metros de prfundidade. 
De comportamento gregário as fêmeas põem seus ovos juntos ou sobrepostos , resultando em uma grande massa comum. O nome científico da espécie é uma homenagem ao Palenotólogo Joaquin Frenguelli que já foi diretor do Museu de Ciências Naturais Museu de La Plata.

Shell large,118x31 mm, all white, Protoconch with 2 1/2 and teleoconch with 9 to 10 convex whorls. Sculpture with strong axial ribs ( 18 to 20 on the last whorl) crossed by spiral cords ( 6 to 7 on the medium whorls) Siphonal canal slightly turned to the left. Periostracum thin, yellow-brownish.Sandy and sandy-muddy bottoms and mussel beds,30 to 160 meters. Rios 1994 Seashells of Brazil






terça-feira, 1 de outubro de 2013

OLIVA CIRCINATA Marrat,1870

Família Olividae, Subfamília Olivinae, Gênero Oliva. Oliva circinata Marrat,1870. Shell cylindrical (58 x 23) , polished.Spire somewhat reaised, swollen a little in the middle. Columela with many strong ridges. Surface with purplish brown reticulations, network pattern, often as white triangular spots, on whitish ground color.Propodium present. At nigth crawling in sand (shalow water) feeding on Donax, dead shrimps and  Emerita (Crustacean).

Família Olividae, Subfamília Olivinae, Gênero Oliva. Oliva circinata Marrat de 1870. Concha cilíndrica (58 x 23), polido. Espira pouco reaised, inchada um pouco no meio. Columela com muitos sulcos fortes. Superfície com reticulações marrom arroxeadas, padrão de rede, muitas vezes, com manchas triangulares brancas, cor de terra esbranquiçada. Propodium presente. À noite, rastejando na areia (água rasa) alimenta-se de Donax, camarões mortos e Emerita (crustáceo).




PLEUROPLOCA AURANTIACA (Lamarck,1816)

Família Fasciolariidae,Subfamília Fasciolariinae, gênero Pleuroploca. Concha atingindo até 150 mm de comprimento. Sólida e pesada. Protoconcha com duas voltas, geralmente quebrada nos exemplares adultos. Teleoconcha com seis voltas de sutura marcada e irregular. Espira correspondendo, em vista dorsal, a menos da metade da teleoconcha, ombro das voltas bem acentuado. Volta corporal nodulosa ou lisa,representando dorsalmente em relação a teleoconcha, mais que a metade desta, de formato fusiforme, apresentando 5 cordões nodulosos ou não, ausentes no canal sifonal anterior. Periferia do ombro das voltas lisa ou com 11 nódulos fortes. Abertura de formato ovóide, forrada por um estreito calo liso; lábio columelar com três pregas, sendo a posterior mais fina que as demais; lábio externo fino, crenulado por 22 a 24 dentes. Canal sifonal anterior menor ou correspondendo ao comprimento da abertura; fascíolo conspícuo. Canal sifonal anal largo. A concha apresenta uma coloração amarelada ou branca esverdeada com finas manchas espirais de cor marrom escuro, que se estendem até a margem distal dos dentes do lábio externo. Calo parietal com coloração branco leitoso. Perióstraco fino e claro. Opérculo córneo, em forma de garra, de cor marrom escuro.
Distribuição: Brasil: Amapá ao Espírito Santo (Rios, 1994).

A espécie habita sobre coral e fundos rochosos com algas calcárias. É encontrada desde a zona entre marés até 72 m de profundidade. Pleuroploca aurantiaca é polimórfica possuindo concha que pode variar desde totalmente nodulosa à extremamente lisa. (Matthew-Cascon, et al., 1989).

Animal polimórfo possuindo concha que pode variar desde totalmente nodulosa à extremamente lisa (Matthew-Cascon et al ., 1989) . A concha apresenta coloração amarelada ou branca esverdeada com finas manchas espirais de cor marrom escuro. 

Referências para o Brasil: Matthews & Rios, 1967:71; Matthews, 1968:248; Kempf & Matthews, 1968:93; Matthews et al.,1977:19; Matthews,1978:42; Matthews & Matthews, 1979:71; Matthews-Cascon et al., 1989: 361, fig. 7a-c; Meirelles & Matthews-Cascon, 2003: 49.

Shell large ( 120 x 62 mm) turnip-shaped, with 7 whorls.Spire angle = 45 to 50'. Sculptured with blunt nodes on angular shouler. Early whorls with 10 nodules.Body whorl with 4 rows of nodulose spiral cords ( 10 to 12 nodes per row). Backgrond buff orange with dark brown spiral lines pairs and irregular white blotches.Aperture white.Operculum unguiculate,dark brown. On mud flats, occasionally on reefs, from 10 to 50 meters. Edible species( Pernambuco) . Praying on Astraea,Anomalocardia brasiliana and some Fusinus. Rios 1994 Seashells of Brazil.













domingo, 29 de setembro de 2013

SEMICASSIS GRANULATA (Born,1778)


Família Cassidae, Subfamília Cassinae, Gênero Phalium, Subgênero Semicassis. Semicassis granulata (Born, 1778). Concha 73 x 49 mm, forte, com 6 a 8 voltas convexas. Cor creme cor de fundo com manchas marrons axiais quadradas. Protoconcha suave e vítreo com 4 espirais. Escultura com ranhuras axiais proeminentes. Parede columela com inúmeras pequenas pústulas. Lábio externo grosso e refletida. Ocasionalmente, com 1 a 3 varizes. Opérculo em forma de leque, amarelada. Sexos separados. Fertilização interna. Massa de ovo grande (70 x 35 mm), cor de marfim transformando devido ao desenvolvimento de protoconchas marrons. Sinônimo: P.cicatricosum (Gmelin, 1791) Em fundos arenosos predando Emerita. Encontrado desde zona de entemarés até 100 metros.

Semicassis granulata (Born,1778). Shell 73 x 49 mm, strong, with 6 to 8 convex whorls. Backgroud color cream with squarish brown axial spots. Protoconch smooth and glassy with 4 whorls. Sculpture with prominent axial groves. Columellar wall with numerous small pustules. Outer lip thickened and reflected . Occasionally with 1 to 3 varices. Operculum fanshaped,yellowish. Sexes separated. Fertilization internal.  Egg mass large ( 70 x 35 mm), ivory turning color due to development of brown protoconchs. Principal synonym: P.cicatricosum (Gmelin,1791) In sandy bottoms preying on Emerita. Intertidal to 100 meters. 
Rios (1994) Seashells of Brasil. 2nd Edition


Vista dorsal

Vista ventral 

 Retratado na esquerda é uma fêmea Semicassis granulata granulata no processo de construção de uma torre de cápsulas de ovos. Imagem de "como saber a conchas marinhas AMERICANA" - EDIÇÃO REVISADA 1970 - POR R. TUCKER ABBOTT.

PICTURED ON THE LEFT IS A FEMALE SEMICASSIS GRANULATA GRANULATA IN THE PROCESS OF BUILDING A TOWER OF EGG CAPSULES. IMAGE FROM "HOW TO KNOW THE AMERICAN MARINE SHELLS" - REVISED EDITION 1970 - BY R. TUCKER ABBOTT.

www.jaxshells.org





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VOLUTA EBRAEA L.,1758

Família Volutidae, subfamília Volutinae, Gênero Voluta. Voluta ebraea Linnaeus, 1758 é um gastrópode marinho endêmico da costa brasileira, que se distribui do Pará até a Bahia (Rios, 1994). V. ebraea vive em fundos com areia grossa, entre rochas e corais, desde águas rasas até 40 m de profundidade (Thomé et al., 2004). De acordo com Weaver (1965) e Rios (1994), V. ebraea apresenta dimorfismo sexual com as conchas dos machos sendo mais lisas e alongadas enquanto as de fêmeas são mais nodulosas e largas. Segundo Rios (1994) a espécie pode atingir 105 cm de comprimento da concha.

Shell reaching 105 mm in length with 7 moderately convex whorls. Spire angle from 60' (males) to 75' (Females). Sculptured with sharp spiral spines ( 9 to 11 on the body whorl) Aperture long narrow.Operculum clawlike,with a subcentral nucleos and covering 1/4 of aperture. Columella with 9 to 11 plicae. Color complex reddish brow, like "hebraic" figures.In coarse sand among rocks and corals, from low tide to 40 meters. Edible species.Sexual dimorphism. Females nodulose and wide, males smooth and elongate. Rios Seashells of Brazil (1994) 2nd Edition



Hoje é raro ver uma no litoral de Salvador-Ba.

Um padrão mais escuro


Juvenil



OPALIA CRENATA (Linnaeus,1758)

Familia Epitoniidae, subfamília Epitoniinae, gênero Opalia, subgênero Dentiscala. Pequena concha branca de 22 x 10 mm, imperfurada, com 10 voltas convexas e ombros. Ângulo da espira é igual a 30 '. Sutura profunda. Giro corporal com 10-11 costa axial.  Crista basal presente. Superfície externa microscopicamente oposta. Lábio externo engrossado. Carnívora, vive associada a anêmonas ou corais que lhe servem de alimento em fundos arenosos.

Shell white, with low axial costae ending as crenulations at the sutue.Spiral sculpture with pitted fine lines. Tupe : crenata Linnaues,1758.
Shell 22 x 10 mm, imperforete , with 10 convex and shouldered whorls. Spire angle = 30'. Suture deep, body whorl with 10x 11 axial costae.Basal ridge present.Outer surface microscopically pitted.Outer lip thickened. By Elieser Rios- Seashells of Brazil. 2nd Edition


Vista ventral observando o opérculo

As "costelas" oferecem um pouco de proteção contra
 outros moluscos, que acham difícil perfurar a concha em tais estruturas.

CYPRAEACASSIS TESTICULUS (Linnaeus,1758)

A Cypraeacassis testiculus pertence a família Cassidae , Superfamilia Tonnacea, gênero Cypraeacassis. É uma concha sólida e pesada  de 62 x 37 mm, com 7 a 8 espirais. De cor marrom alaranjada.parede parietal de cor creme alaranjada. superfície externa reticulada, lábio externo com 20 dentes. Sem periostráco e opérculo. Ele ataca ouriços do mar. Encontrado entremarés até 10 metros e ocasionalmente em recifes. 
Encontrado nas Bermudas, N.Carolina a Flórida, Texas, Colômbia, Venezuela e no Brasil do Ceará ao Cabi Frio no Rio de Janeiro assim como na ilha de Trindade. Africa, Cabo Verde, Ilhas Canarias e Ascensão.



Vista dorsal e

ventral.

Juvenil




domingo, 22 de setembro de 2013

CATALOGAR E ROTULAR A COLEÇÃO

Porque catalogar e rotular uma coleção?
Recentemente sofri um ataque de , pasmem , uma lesma. Essa criaturinha subiu nas prateleiras e comeu as etiquetas de identificação de pelo menos uma duzia de conchas.
Eu tenho os dados salvos no PC, mas estava protelando colocar a numeração nas peças.
Depois do susto, tive de revisar toda a coleção e surge a pergunta: porque catalogar a coleção ?
Com a coleta a compra e a troca sua coleção pode se tornar algo grande demais, tornando-se praticamente impossível se lembrar de todos os dados da coleta, onde comprou ou de quem adquiriu este ou aquele exemplar.
A solução é abrigar as peças ou lotes em gavetas rasas, como as dos gaveteiros,  em caixas de plastico ou acrílico com o respectivo rótulo e o id nas peças.
Primeiro criar um banco de dados que atenda seus requisitos é de suma importância.
Tenho usado o Excel que está servindo por enquanto.
Assim ao adicionar uma peça a sua coleção você poderá consultar o bando de dados e saber , por exemplo se aquela espécie você já possui, se é da mesma localidade , tamanho , etc.
O que colocar ?
De inicio coloquei a quantidade de peças, seguido do ID de cada uma,a Classe a Família e o Gênero o nome da Espécie o Autor o Pais de origem e dados sobre a coleta.Para concluir data da coleta, aquisição ou compra o tamanho e o preço e claro , já que vender a coleção pode ser uma opção.

Junto a cada concha há o Nome o Autor o Pais e o ID que também vai colado dentro de cada peça.
Em breve será dividido também em que gaveta e armário se encontra cada família.




PRAIA DE ITAPUÃ.COLETA EM 20 DE SETEMBRO 2013

Quase um ano depois, volto a praia de Itapuã para tentar a sorte. Sim , porque achar alguma coisa agora , tornou-se uma questão de sorte.Uma praia em que se via centenas de espécies, agora conta-se de dedo.
Acredito que isso se deva a poluição daquela região, o pisoteio constante nas pedras, quer para admirar a vista de Salvador ao longe, quer para pescar. As pedras que se podia levantar para observar ou coletar algum material , simplesmente não existem mais. A falta de cuidado com estes pequenos ambientes transformou-as em pó.

Microconcha, Rissoina princeps coletado debaixo de pedras
nudibrânquio

Arca imbricata coletado debaixo de pedras em pequenas
fendas.

Niveria pediculus

Caranguejo esponja do gênero Dromia

vista ventral

Bursa corrugata, muito pequena para ser coletada.

Bursa corrugata 

nudibrânquio

Eustrombus goliath juvenil usando o opérculo como
alavanca para voltar a posição original.

Eustrombus goliath entre as algas na maré baixa.
Deste só fotos. Hoje em dia é muito difícil ver um adulto.

Erosaria aciculares coletadas debaixo de pedras.

Conus pusillus

Chione cancellata
Aspella cryptica familia Muricidae. Bicho pouco comum e seu
diminuto tamanho,7mm, não ajuda em nada a sua localização.



Aspella cryptica . Foto do site www.gastropods.com


Epitoniidae, Epitonium sp, acho difícil a identificação
 deses bichos.

Pilsbryspira albocincta

Psilaxis krebsii da família Architectonicidae, vista ventral.
 anexei uma imagem maior e melhor da espécie do site
www.gastropods.com



Nassarius albus
Vasum cassiforme encontrado enterrado na areia. 
Ofiúro e logo atrás uma pequena Bursa corrugata

Conus regius