domingo, 6 de março de 2016

LINCKIA GUILDINGII (ESTRELA DO MAR)



FILO: Echinodermata
CLASSE: Asteroidea
ORDEM: Valvatida
FAMÍLIA: Ophidiasteridae
ESPÉCIE: Linckia guildingii

Foi registrada sobre rochas, no entanto de acordo com Hendler et al. (1995) ela também pode ser encontradaem bancos de areia. A maioria dos exemplares desta espécie possui um braço mais longo e outros menores em processo de regeneração, o que pode estar relacionado ao fato desta espécie se reproduzir predominantemente de forma assexuada ( Hyman 1955) .

ANODONTITES TRAPESIALIS (Lamarck,1814)





















Coletada no Parque do Ibirapuera,São Paulo,Brasil

FILO: Mollusca
CLASSE: Bivalvia
ORDEM: Unionoida
FAMÍLIA: Mycetopodidae
ESPÉCIE: Anodontites trapesialis
AUTOR: (Lamarck, 1814)

Concha em formato de bote com umbo elevado e inflado, possui finas linhas concêntricas. Perióstraco preservado.
A espécie é utilizada para monitoramento biológico de pesticidas e metais pesados, tendo se revelado um excelente monitor devido às características de ser um animal filtrador, sedentário e ocupar os níveis mais baixos da cadeia alimentar, além de ter longevidade alta. É utilizado como adornos e enfeites e até mesmo na confecção de botões de madrepérola.

 É um dos maiores bivalves de água doce da América do Sul, alcançando em torno de 130mm de comprimento e 65mm de altura. A espécie é encontrada em águas rasas com profundidade variando de 0,1 a 2m., vive enterrado no substrato argiloso, lodoso, a uma profundidade de 15 a 20cm. Não é encontrado em meio a cascalhos ou substratos rochosos. A concha é larga, trapezóide, com perióstraco de cor clara, castanha ou amarelada, brilhante e lisa. Internamente nacarada. É hermafrodita e necessita de um hospedeiro intermediário para completar o ciclo reprodutivo. Sua larva, é parasita de peixes, fixando-se nas nadadeiras ou na epiderme, podendo provocar, inclusive, a morte do hospedeiro, dependendo do grau de parasitismo. Em ambiente natural, as infestações não comprometem a ictiofauna.  

DE ONDE VEM OS NOMES DAS CONCHAS


Quem inventa esses nomes ?

TAXONOMIA

A Taxonomia é a ciência responsável por descrever, nomear e classificar os organismos, atuais e extintos. O nome da espécie permite a indexação do conhecimento biológico.

A Classificação é um sistema hierárquico de referência que possibilita com que a informação existente possa ser recuperada.

A  Espécie

 Species em latim significa simplesmente "tipo". As espécies são, no sentido mais
simples, os diferentes tipos de organismos. Uma definição mais técnica de espécie é: "um
grupo de organismos que se cruzam entre si, sem normalmente cruzar-se com representantes
de outros grupos". Os organismos pertencentes a uma espécie devem apresentar semelhanças
estruturais e funcionais, similaridades bioquímicas e mesmo cariótipo, além da capacidade
de reprodução entre si. A definição acima, embora útil para os animais, não é, entretanto, útil
na taxonomia vegetal, porque cruzamentos férteis podem ocorrer entre plantas de tipos
bastante diferentes. Também não se aplica esta distinção a organismos que não se
reproduzem sexualmente.
À luz da teoria evolucionista, observa-se que uma espécie se modifica constantemente,
no espaço e no tempo, em vez de ser uma forma imutável, ideal, como foi concebida por
Lineu. Desta maneira, a palavra "espécie" possui diferentes significados para diferentes tipos
de organismos, o que não é surpresa se considerarmos que a evolução nos vários grupos de
organismos seguiu caminhos diversificados. No entanto, o termo permanece sendo útil e
possibilita uma maneira adequada de se referir a organismos e catalogá-los.


Grupos Taxonômicos

O reino é a maior unidade usada em classificação biológica. Entre o nível do reino e
do gênero, entretanto, Lineu e taxonomistas posteriores adicionaram diversas categorias (ou
taxa). Temos então, os gêneros agrupados em famílias, as famílias em ordens, as ordens em
classes e as classes em filos (ou divisão, para os botânicos), seguindo um padrão hierárquico.
Essas categorias podem ser subdivididas ou agregadas em várias outras, menos importantes,
como, por exemplo, os subgêneros e as superfamílias.

Regras de Nomenclatura

Os animais, assim como as plantas, são popularmente conhecidos por nomes muito
variáveis de um lugar para outro. Numa tentativa de universalizar os nomes de animais e
plantas, os cientistas têm, há muito, procurado criar uma nomenclatura internacional para a
designação dos seres vivos. Mark Catesby, por volta de 1740, publicou um livro de zoologia
onde denominava o pássaro conhecido como tordo (sabiá americano) de Turdus minor cinereoalbus
non maculatus, que significava: “tordo pequeno branco-acinzentado sem manchas”. Essa
foi uma tentativa de padronizar o nome do pássaro, para que ele pudesse ser conhecido em
qualquer idioma ou região, mas havia o inconveniente de usar uma denominação muito
extensa.
Em 1735, o sueco Carl von Linné, botânico e médico, conhecido simplesmente por
Lineu, lançou seu livro Systema Naturae, no qual propôs regras para classificar e denominar
animais e plantas. Porém, foi somente na 10a edição do seu livro, em 1758, que ele sugeriu
uma nomenclatura mais simples, onde cada organismo seria conhecido por dois nomes
apenas, seguidos e inseparáveis. Surgiu assim a nomenclatura binomial, a qual é ainda hoje
utilizada. As regras para a denominação científica dos seres vivos foram firmadas
posteriormente, no I Congresso Internacional de Nomenclatura Científica, em 1898.
A denominação científica dos animais segue certas regras definidas, as quais são
esboçadas no Código Internacional de Nomenclatura Zoológica. Nomes científicos são
latinizados, mas podem ser derivados de qualquer outra língua ou de nomes de pessoas ou
lugares; a maioria dos nomes é derivada de palavras latinas ou gregas e geralmente refere-se
a alguma característica do animal ou do grupo denominado. Por convenção, os nomes
genéricos e específicos são latinizados, enquanto o nome das famílias, ordens, classes e outras
categorias não o são, embora tenham letra inicial maiúscula. As principais regras da
nomenclatura científica estão resumidas a seguir:
• Na designação científica os nomes devem ser em latim de origem ou, então, latinizados.
• Todo nome científico deve estar destacado no texto. Pode ser escrito em itálico, se for
impresso, ou sublinhado se for em trabalhos manuscritos.
• Cada organismo deve ser reconhecido por uma designação binomial, sendo o primeiro
termo para designar o seu gênero e o segundo, a sua espécie. Considera-se um erro grave
usar o nome da espécie isoladamente, sem ser antecedido pelo gênero.
• O nome relativo ao gênero deve ser um substantivo simples ou composto, escrito com
inicial maiúscula.
• O nome relativo à espécie deve ser um adjetivo escrito com inicial minúscula, salvo
raríssimas exceções: nos casos de denominação específica em homenagem a pessoa
célebre. Por exemplo no Brasil, há quem escreva: Trypanosoma Cruzi, já que o termo Cruzi
é a transliteração latina do nome de Oswaldo Cruz, uma homenagem a esse grande
sanitarista brasileiro.
• Em trabalhos científicos, após o nome do organismo é colocado, por extenso ou
abreviadamente, o nome do autor que primeiro descreveu e denominou, sem qualquer
pontuação intermediária, seguindo-se depois uma vírgula e data da primeira publicação.

Exemplos:
Cachorro: Canis familiaris Lineu ou L., 1758. 
Ancilóstoma: Ancylostoma duodenale Creplin ou C., 1845.
A designação para espécies é binomial, mas para subespécies é trinomial. Por exemplo:
Mycobacterium tuberculosis hominis (tuberculose humana)
Mycobacterium tuberculosis bovis (tuberculose bovina)
Mycobacterium tuberculosis avis (tuberculose aviária)
Em zoologia, a família é denominada pela adição do sufixo idae ao radical
correspondente ao nome do gênero-tipo (gênero mais característico da família). Para
subfamília, o radical adotado é inae. Exemplos:
Gato - gênero: Felis; família: Felidae; sufamília: Felinae.
Cascavel - gênero: Crotalus; família: Crotalidae; sufamília: Crotalinae.

Lei da prioridade: Se diversos autores denominarem um mesmo organismo
diferentemente, prevalece sempre aquela mais antiga, ou seja, a primeira denominação.
A substituição de nomes científicos é permitida somente em casos excepcionais, adotando
para esses casos uma notação especial, já convencionada, que indica tratar-se de espécime
reclassificado. Desta forma, se a posição sistemática de um organismo é modificada, o
nome científico deve assumir a seguinte forma: menciona-se o nome do organismo já no
novo gênero e, a seguir, entre parênteses, o nome do primeiro autor e a data em que a
denominou; só então, fora dos parênteses, coloca-se o nome do segundo autor e a data em
que reclassificou o espécime. Assim, a denominação da formiga saúva Atta sexdans (Lineu,
1758) Fabricius, 1804, indica que Fabricius mudou de gênero o animal inicialmente
descrito e "batizado" por Lineu.

Ao publicar a descrição de uma nova espécie, é prática comum designar um espécimetipo,
descrevê-lo e indicar em que coleção foi colocado.