sábado, 10 de novembro de 2012

TAXIDERMIA DE CRUSTÁCEOS

Entre os animais ,os artrópodes representam a maior diversidade de formas e tamanhos,habitando uma grande variedade de ecossistemas, entre os artrópodes mas estudados e diversificados estão os crustáceos.
Para exemplares maiores de 15 cm efetuo as seguintes operações: a morte do exemplar, normalmente no comércio se encontram exemplares já mortos, caso contrário recomento coloca-lo no congelador por aproximadamente uma hora, e logo depois de descongela-lo iniciar o trabalho.
A escolha do animal deve ser criteriosa, observando se o mesmo se encontra com as extremidades completas e sem lesões.

Limpar o animal , retirando areia,lama,algas, usando uma escova em água corrente,a fim de retirar sujeiras incrustadas.


Separar a parte posterior da carapaça do crustáceo, com cuidado já que é uma região muito fácil de se quebrar. Eu utilizo um bisturi para separar todas as partes.







Usando o bisturi, e a pinça vou limpando toda a carapaça por dentro, retirando o máximo que puder, tendo o cuidado na região onde se encontram as peças bucais. Sempre com água corrente, que ajuda a remover os restos do animal.




Depois de limpo , mergulho o animal no formol por 24 horas,dependendo do tamanho, um pouco mais.
Retiro do formol (usando sempre luvas, pois o formol é tóxico) e lavo em água corrente para retirar o cheiro e algum resíduo do animal ( se sobrar alguma parte pequena , o formol irá resseca-la).
Injete formol na Quela (Pinça) entre o Dactilo e o dedo rígido.
Sobre uma paca de isopor vou montando o animal na posição desejada, fixando co alfinetes ( animais pequenos) e pauzinhos de churrasco para animais maiores.
Deve-se observar a posição das pernas para não atrapalhar a colocação da carapaça , que será feita após a secagem do animal.
Recomenda-se em animais maiores a desarticulação de todo o animal , para a retirada da carne.
(Sugiro que faça isso se já souber taxidermizar animais de médio porte como o Cardisoma guanhumi  -guaiamum acima, já que deverá se reforçado internamente com arame.)
Nos animais menores que 15 cm , colocar diretamente no formol,por uma hora ,lavar e montar.
Um recipiente onde possa caber o exemplar mergulhado em formol 50% + água 50%  .
Verniz fino para brilho e conservação.
No caso de ataque por fungo ou brocas, utilizo xilol puro, limpando o animal com um cotonete.
O xilol deve ser manuseado em ambiente ventilado , com máscara e luvas pois é tóxico.


Ferramentas para a taxidermia em crustáceo
Pinça de ranhura de ponta rombuda reta.
Estilete ou bisturí.
Pinça de ranhura de ponta fina.

Pincel para aplicar o verniz
Alfinetes e Pauzinho de churrasco
Formol
Uma placa de isopor para montagem do animal



terça-feira, 6 de novembro de 2012

GAVIÃO-CARAMUJEIRO


Gavião-caramujeiro Rostrhamus sociabilis é um falconiforme da família dos Acipitrídeos, também conhecido como gavião-de-aruá.
Exclusivamente malófago, só come caramujos do gênero Pomacea, o aruá, da vegetação alagadiças ou os de água doce do Pantanal. É encontrado nos locais pantanosos, brejos,e rios do Pantanal Mato grossense.
Chega a medir 41 centímetros de comprimento e possui um bico adunco com o qual retira o animal da casca, é o gavião mais especializado de todos os raptores.
Seus ninhos são feitos de gravetos e arbustos e ficam entre 1 e 4 metros de altura do chão, ave muito sociável, daí seu nome: sociabilis, pois vive em grupos e juntam-se em pousos noturnos para passar a noite.
O macho é todo preto e a fêmea tem a parte superior amarronzada, a região frontal da cabeça esbranquiçada e a parte inferior creme com manchas e listras marrons.
Quando há redução natural da oferta de caramujos, os caranguejos são mais caçados.

Fonte: www.avespantanal.com.br

Fonte: www.avespantanal.com.br






HÁBITOS ALIMENTARES


Os moluscos se alimentam por meio de palpos que puxam o alimento para dentro da boca e da rádula,com exceção dos bivalves, que não possuem a rádula. Estes se alimentam de pequenas partículas suspensas na água (animais e plantas flutuantes do plâncton).Estas partículas são depositadas nos palpos labiais e nas brânquias, de onde passam para o aparelho digestorio.
Os gastrópodes podem ser herbívoros ou carnívoros.Para chagar ao aparelho digestorio, o alimento passa primeiro pela rádula, espécie de língua provida de inúmeros dentes ) que raspam a planta ou animal do qual se alimentam.
No caso dos cones, seus hábitos alimentares são mais complexos. São separados em três categorias: cones que se alimentam de outros moluscos (molluscivorus), que se alimentam de vermes (vermivorus) e que se alimentam de peixes ( piscívoros).
Os cones precisam de veneno para matar suas presas de sangue frio. Essa é a razão por que são potencialmente perigosos para os seres humanos.
Outros moluscos são necrófagos como as Olividae.E outros como Muricidae se alimentam de outros moluscos ,incluindo Muricidae, onde cavam um buraco na concha.
Os Cefalópodes (também dotados de rádula) se alimentam de pequenos caranguejos e peixes.
Os escafópodes se alimentam de organismos microscópios, que vivem na areia ou lodo em que também estão enterrados.
A rádula possui ação de músculos muito fortes, e sua dentição é uma característica muito importante na classificação das espécies, apresentando formas muito variadas.



Rádula: Órgão raspador característico do Filo Mollusca localizado na boca do animal e formado por uma série de dentes, chamados dentes radulares. Encontrado em todas as classes exceto Bivalvia.



segunda-feira, 5 de novembro de 2012

ESPÉCIES AMEAÇADAS


Esta espécie é endêmica da Ilha de Manus, Papua Nova Guiné, vive no alto das árvores na floresta tropical. Sua concha é de um verde vívido,incomum entre moluscos terrestres. O desmatamento e a coleta intensiva por causa de sua bela cor e forma elegante levou a espécie a ter a sua sobrevivência ameaçada. Atualmente está protegida pela CITES ( Convenção Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestre) e é a única que é listada como ameaçada pelo Governo Federal dos EUA.


Papuina pulcherrima Rensch,1931





Eustrombus gigas L.,1758


Tal espécie não está verdadeiramente ameaçada em todo o Mar do Caribe, mas corre perigo em muitas outras áreas.A ameaça deve-se, em grande parte, á coleta exacerbada deste animal, pois sua carne é uma fonte de alimentação para os humanos.
Os regulamentos da CITES estão voltados para a interrupção da exportação de carne de E.gigas nos paises caribenhos onde é encontrado, bem como a exploração comercial de sua concha como objeto de decoração.


Haliotis midae (áfrica do Sul)


Abalone é o nome comum utilizado para o gênero Haliotis. Africa do Sul tem cinco espécies endêmicas de abalone, mas apenas uma, a Haliotis midae, comercializável. A H. midae demora oito anos a atingir a maturidade sexual e aproximadamente outros quatro para que as suas conchas alcancem o diâmetro de 115 milímetros, o mínimo admissível comercialmente. A captura de abalone iniciou-se há seis mil anos, mas só em meados dos Anos 60 do século passado que este recurso começou a ser sobre-explorado em resultado da procura enquanto manjar nos mercados do Este Asiático. A abalone para consumo alimentar comercializada viva, congelada, enlatada e desidratada, sendo igualmente vendida como afrodisíaco. As suas conchas são aproveitadas para cinzeiros, saboneteiras e ato como pequenos pratos. O consumo de abalone na África do Sul praticamente inexistente, pois mais de 95% da captura exportada para Hong Kong, China, Japão, Malásia, República da Coreia, Filipinas, Singapura e Taiwan.  
Não existem espécies de moluscos brasileiros listadas nos apêndices do CITES de animais protegidos. 

No Brasil, somente duas espécies de gastrópodes marinhos são listadas na INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 5, DE 21 DE MAIO DE 2004, Strombus goliath (búzio-de-chapéu) e Natica micra, uma espécie de 5mm incluída na lista sem aval científico.
Beddomea albizonatus


Beddomea albizonatus 
espécie endêmica do Sri Lanka ,não
posse a concha verde, mas sim, transparente,
que permite ver o corpo do animal que é verde





















domingo, 4 de novembro de 2012

O QUE SÃO AS CONCHAS

As conchas dos moluscos são construídas a partir de uma secreção produzida por glândulas presentes na epiderme. A primeira concha é secretada ainda pela larva e, com o passar do tempo, à medida que o animal vai crescendo, novas camadas vão sendo acrescentadas às anteriores,. No caso dos gastrópodes, como os caramujos, as camadas sucessivas vão se depositando em espiral. O material que constitui as conchas é o carbonato de cálcio e na maioria dos moluscos elas são formadas de três camadas: camada perolada ou nacarada (a mais interna, bastante lisa e brilhante), camada prismática (mediana e mais espessa, com cristais de carbonato de cálcio dispostos perpendicularmente à concha) e camada orgânica ou perióstraco (mais externa e muito fina, constituída de material orgânico e que protege o calcário da acidez da água circundante).




Estão divididos em cinco classes principais: os Gastrópodes, é a maior classe, onde estão os moluscos que possuem conchas em espiral. As lesmas de jardim e as lesmas do mar (ambas sem concha) também se encaixam neste grupo.

Bivalves: como o nome diz, compreendem as conchas que possuem duas valvas. Ex: ostras,chumbinho,lambreta ,etc .















Cefalopódes: esses animais são geralmente desprovidos de conchas, salvo poucas exceções como o Nautilus e o Argonauta. Nesta classe estão os polvos, lulas e calamares.


Argonauta é proveniente do Atlântico e o

Náutilus é originário do Pacifico.


























Escafópodes: todas as conchas desse grupo pouco conhecido têm a concha em forma de dente de elefante

Poliplacóforos: esse grupo é bem menos conhecido. Esses moluscos possuem um conjunto de oito placas que cobrem o animal e podem se enrolar como o tatuzinho de jardim.

Os moluscos originaram-se no período Pré-Cambriano. Na era Paleozóica, surgem os Cephalopodes seguidos pelos Bivalves, Polyplacophoros,Scaphopodos e os pulmonata (moluscos terrestres).
Segundo especialistas os moluscos surgiram da junção de dois vermes chatos que unidos deram origem ao primeiro Monoplacophora. Daí surgiram as seis classes descritas acima.
Esses animais vivem em todo planeta e estão adaptados a viver em locais úmidos e com temperatura de até 23 graus centígrados. Nas regiões tropicais ocorre uma variabilidade mais acentuada de formas e cores de suas conchas, sendo particularmente notável na região Indo-Pacifica, na região do Oceano Atlântico e também nas espécies de água doce e terrestre que habitam os territórios banhados por estes oceanos.