A Baia de Todos os Santos, com superfície de 1.233 km , é o segundo maior acidente geográfico no Brasil,com dimensão inferior a Baia de São Marcos, no Maranhão. Fazem ainda parte deste sistema duas outras baias de menores dimensões, respectivamente as de Iguape e a de Aratú, com 56 ilhas , sendo as de Itaparica a maior ilha marítima do Brasil e a Ilha dos Frades as mais importantes. Sua barra tem 14 km de
extensão, com profundidades que oscilam entre os 25 e 35 m. Em sua borda leste
destaca-se a escarpa de Salvador, onde se observa também uma preponderância de
costões rochosos, característica mais frequente na região sudeste. Entretanto,
dentre os substratos rochosos mais importantes estão os quebramares artificiais
de proteção do porto da cidade, um com aproximadamente 900 m de extensão
(Quebra-mar Sul, ou da Capitania dos Portos), o outro com 1300 m (Quebra-mar Norte). Abrigando os únicos e
importantes recifes de coral da Baía de Todos os Santos – Recife
das Pinaúnas e Recife das Caramuanas, respectivamente em suas faces
leste/sudeste e sul. O Canal de Itaparica, situado entre a ilha e o
continente a oeste, afunila em rumo sudoeste, apresentando amplos
manguezais especialmente em suas porções mais estreitas.Seus limites são o Porto da Barra ao Norte e a Ponta do Garcel ao Sul.
Navegadores europeus ai aportaram no primeiro dia do mês de novembro ( dia de Todos os Santos) em 1501, a Cidade do Salvador,
fundada em 1549 na península situada entre aborda leste da Baia de Todos os Santos e o
Oceano Atlântico, inteiramente voltada para o mar e para sua defesa, em virtude
de sua situação geopolítica estratégica, tornou-se a primeira capital do Brasil e o
mais importante centro urbano entre todas situadas na Baía e seu entorno.