sábado, 26 de outubro de 2013

TONNIDAE

Os Tonnidae vivem em mares tropicais e em regiões quentes de mares subtropicais.Quatro Gêneros são conhecidos: Eudolium Dall,1889,Oocorys Fischer,1883; Malea Valenciennes,1832 e Tonna Brünnich,1772 que é o maior gênero em espécies e dimensões da concha. Tonna melanostoma Jay,1839 está entre os maiores gastrópodes viventes e atingem 28 cm de comprimento por 24 cm de diâmetro e uma capacidade de 3.200 ml.
Na maioria dos tonídeos a concha é fina e leve, mas surpreendentemente forte para o seu peso. O animal, quando visto rastejando,parece grande demais para recolher-se completamente na concha. A cabeça e pé são amplos e através da boca sai uma probóscide cilíndrica, muito extensível , podendo ser muito maior que o próprio comprimento do animal. Na probóscide desembocam glândulas cuja secreção contém ácido sulfúrico, notavelmente em Tonna galea (Linné,1758). Esses animais tem hábito predador e a secreção serviria para dissolver estruturas calcárias como espinhos ou espículas,facilitando a ingestão das presas que são em geral, caranguejos, peixes e ouriços-do-mar.Todas as espécies dos Tonnidae são de sexos separados, produzem larvas livre-natantes que se transformam em jovens de vida pelágica com opérculo , mas o perdem quando assumem o hábito rastejador. Com exceção das espécies de Oocorys, todos os Tonnidae adultos são desprovidos de opérculo.

TONNIDEOS DO BRASIL



Foto: M.Castro

















Tonna galea (Linné,1758)
Concha grande atingindo excepcionalmente 25 cm de comprimento, fina e forte. Espira pouco elevada e linha de sutura acompanhada por um canal profundo. Escultura em espiral constituida de 19 a 21 cordões largos e baixos na volta do corpo; os da região mediana-dorsal geralmente intercalados por um cordão mais estreito.Superfície revestida por perióstraco fino, decíduo, de cor amarelada a marrom uniforme.Abertura suboval , grande; lábio externo delgado, fortemente crenulado e refletido sobre o umbílico e mais evidente em espécies adultos.



Foto: M.Castro

















Tonna maculosa (Dillwin,1817) 
Concha de até 20cm de comprimento, fina e forte.Espira pouco elevada,linha de sutura acompanhada por um sulco evidente, em número de 20 a 22 sobre a volta do corpo. Primeiras voltas da concha geralmente marrom-rosadas e as restantes com manchas marrons interrompidas por barras esbranquiçadas sobre os cordões.Dois ou mais cordões podem ter o mesmo padrão de ornamentação formando faixas definidas e o conjunto lembra a plumagem de uma perdiz. Abertura suboval , grande; lábio externo fino,ligeiramente crenulado e se espessando no adulto.Escudo parietal fino, porcelanáceos e refletido sobre o umbílico.


Foto: http://www.depaq.ufrpe.br


















Malea noronhensis Kempf & Mattews, 1969 
Endêmica de ilhas oceânicas brasileiras: Fernando de Noronha,Atol das Rocas e Ilha Trindade. Em águas rasas e fundos arenosos.
Concha (holótipo) com 7,0 cm de comprimento, sólida e pesada.Espira curta; linha de sutura acompanhada por sulco aprofundando em direção à volta do corpo; escultura em espiral constituída por 14 cordões espessos e achatados sobre a volta do corpo.Superfície externa esbranquiçada, com manchas marrom-amareladas, distribuídas irregularmente.Abertura estreita, alongada, de cor laranja. Escudo parietal formando um calo espesso sobre o lábio interno e refletido  sobre o umbílico. Lábio interno com 11 dentes , os 6 anteriores mais pronunciados; uma depressão rasa separa dos outros dentes sobre a columela, sendo o posterior mais forte e o anterior ligeiramente bífido. Lábio externo espessado, refletido e guarnecido, na face interna, por 11 dentes desenvolvidos. A margem externa desse lábio forma uma projeção delgada e crenulada. A região parietal, calo e lábio externo são de cor branca.


Foto: Molluscs net



















Eudolium crosseanum (Monterosato, 1869)

Texto: Osmar Domaneschi








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