quinta-feira, 28 de julho de 2016

SIRATUS ALABASTER


 Concha fusiforme com espirais infladas. Ornamentada por espinhos grossos na região dorsal e lateral. Seus espinhos possuem prolongamentos raiados em suas laterais, possuem canal sifonal alongados com duas direções na base e finas costelas.


O nome de sua espécie "alabaster", significa alabastro, e teve este nome devido a semelhança ao “Vaso de Alabaster” que eram produzidos na época de Jesus Cristo. Estes vasos eram frascos de gargalo comprido, feitos de material delicado e translúcido, o alabastro é uma variedade de gipsita, um mineral branco, finíssimo, mais suave do que o mármore e neles eram colocados ungüentos e perfumes preciosos. A maior parte era proveniente da cidade de Damasco, na Síria.

A espécie é encontrado nas águas em torno do Japão, Taiwan, e Filipinas. Sua concha é distintamente grande e sua coloração na maioria das vezes é branca embora também possa ocorrer da cor marfim . Seu tamanho pode chegar de 100-220mm. Sua alimentação, como toda família é carnívora, principalmente se alimentando de outros moluscos. 

CASSIS CORNUTA


Cassis cornuta  (Linné, 1758)

Concha piriforme inflada e ovalada com espiral plana. Possui superfície ornamentada por finas costelas e fileiras de calosidade, acompanhando o giro da concha.
Este molusco marinho é encontrado em todo Indo-Pacífico, principalmente Filipinas. Vivem em fundos arenosos, principalmente em recifes de corais para se alimentar, pois este animal é bem carnívoro. Seu tamanho pode chegar a 410mm.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

BUSYCON CONTRARIUM



Melongenidae  

Busycon contrarium  (Conrad, 1840)

Sanibel Island, Flórida, EUA 

Concha em formato de figo com canal sifonal alongado e curvo. Possuem poucas espirais ornamentadas com espinhos no centro e finas costelas radiais. Ápice elevado e pontiagudo.
Possui a maior concha de sua família. Esta espécie é muito utilizada para alimentação e ornamentos artesanais. Uma curiosidade é que na área gastronômica, os pés musculares destes moluscos são servidos como bifes em mariscadas. Sua concha também é ilustrada em selos de diversos países. O nome contrarium refere-se a abertura da concha que é do lado contrário, sendo uma concha canhota( sinistral).
Sua localização fica ao longo da costa norte-americana de New Jersey para o Texas. Eles são comumente encontrados em estuários e migram do fundo para águas rasas em tempos de reprodução e baixa oferta de alimentos. São carnívoros e podem atingir até 400mm de comprimento.  

quinta-feira, 31 de março de 2016

CHARONIA VARIEGATA (Lamarck,1816)


Série de crescimento. Material coletado na praia de Itapoã e Piatã.



Concha piriforme com espiral pontiaguda, possui estrias acompanhando o crescimento. É ornamentada por fileiras de costelas que dividem sua parte superior, enquanto a parte inferior é dividida por linhas mais finas compostas por botões menos proeminentes. O lábio externo é ondulado, com poucos pares de dentes curtos, enquanto o lábio interno possui muitos dentes longos e finos.
É conhecida popularmente como tritão do mar, devido sua forma pontiaguda. É considerado um grande predador de outros animais invertebrados, principalmente estrelas do mar e de outros moluscos .
A espécie é relativamente comum, sendo um espécie considerada uma espécie cosmopolita devido a sua ampla distribuição geográfica. Encontrada em águas européias no mar Mediterrâneo, no Oceano Atlântico ocorre ao longo de algumas ilhas como Cabo Verde. Animal carnívoro, que habita profundidades de 10 a 70 metros, sob rochas e em recifes de corais e em fundos arenosos. O tamanho de sua espécie pode chegar quando adulta até 35cm. Sua fase larval que se chama veliger, tem um período de desenvolvimento pelágico de mais de três meses, à deriva nas correntes trans-atlânticas. Estas larvas são as maiores já conhecidas de qualquer Ranellidae no Atlântico, alcançando 5 mm quando totalmente desenvolvidas 

sábado, 26 de março de 2016

ADELOMELON BECKII



                                                    Adelomelon beckii juvenil.

Volutidae
Adelomelon beckii (Broderip, 1836)
Coletado por barcos de pesca em Santa Catarina - Oceano Atlântico. Coleção Geraldo Semer Pomponet.
Dentre os gastrópodes marinhos da América do Sul, esta espécie é considerada a maior da costa brasileira, podendo atingir 60 cm de comprimento. O animal é utilizado para a alimentação como recurso pesqueiro, sendo um dos produtos da pesca industrial de arrasto e a sua concha é utilizada para ornamentos e souvenires.
Animal de hábito carnívoro, se alimentando de outros animais. Vive em fundos arenosos e lamosos enterrada ou sob ele e em fundos de cascalho de coral, rochas ou conchas, de 40 à 300 m. de profundidade. É uma espécie relativamente comum e seu tamanho médio varia de 30 a 45cm. A espécie distribui-se geograficamente do sul do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul podendo ocorrer ainda até as Ilhas Falklands.

domingo, 6 de março de 2016

LINCKIA GUILDINGII (ESTRELA DO MAR)



FILO: Echinodermata
CLASSE: Asteroidea
ORDEM: Valvatida
FAMÍLIA: Ophidiasteridae
ESPÉCIE: Linckia guildingii

Foi registrada sobre rochas, no entanto de acordo com Hendler et al. (1995) ela também pode ser encontradaem bancos de areia. A maioria dos exemplares desta espécie possui um braço mais longo e outros menores em processo de regeneração, o que pode estar relacionado ao fato desta espécie se reproduzir predominantemente de forma assexuada ( Hyman 1955) .

ANODONTITES TRAPESIALIS (Lamarck,1814)





















Coletada no Parque do Ibirapuera,São Paulo,Brasil

FILO: Mollusca
CLASSE: Bivalvia
ORDEM: Unionoida
FAMÍLIA: Mycetopodidae
ESPÉCIE: Anodontites trapesialis
AUTOR: (Lamarck, 1814)

Concha em formato de bote com umbo elevado e inflado, possui finas linhas concêntricas. Perióstraco preservado.
A espécie é utilizada para monitoramento biológico de pesticidas e metais pesados, tendo se revelado um excelente monitor devido às características de ser um animal filtrador, sedentário e ocupar os níveis mais baixos da cadeia alimentar, além de ter longevidade alta. É utilizado como adornos e enfeites e até mesmo na confecção de botões de madrepérola.

 É um dos maiores bivalves de água doce da América do Sul, alcançando em torno de 130mm de comprimento e 65mm de altura. A espécie é encontrada em águas rasas com profundidade variando de 0,1 a 2m., vive enterrado no substrato argiloso, lodoso, a uma profundidade de 15 a 20cm. Não é encontrado em meio a cascalhos ou substratos rochosos. A concha é larga, trapezóide, com perióstraco de cor clara, castanha ou amarelada, brilhante e lisa. Internamente nacarada. É hermafrodita e necessita de um hospedeiro intermediário para completar o ciclo reprodutivo. Sua larva, é parasita de peixes, fixando-se nas nadadeiras ou na epiderme, podendo provocar, inclusive, a morte do hospedeiro, dependendo do grau de parasitismo. Em ambiente natural, as infestações não comprometem a ictiofauna.  

DE ONDE VEM OS NOMES DAS CONCHAS


Quem inventa esses nomes ?

TAXONOMIA

A Taxonomia é a ciência responsável por descrever, nomear e classificar os organismos, atuais e extintos. O nome da espécie permite a indexação do conhecimento biológico.

A Classificação é um sistema hierárquico de referência que possibilita com que a informação existente possa ser recuperada.

A  Espécie

 Species em latim significa simplesmente "tipo". As espécies são, no sentido mais
simples, os diferentes tipos de organismos. Uma definição mais técnica de espécie é: "um
grupo de organismos que se cruzam entre si, sem normalmente cruzar-se com representantes
de outros grupos". Os organismos pertencentes a uma espécie devem apresentar semelhanças
estruturais e funcionais, similaridades bioquímicas e mesmo cariótipo, além da capacidade
de reprodução entre si. A definição acima, embora útil para os animais, não é, entretanto, útil
na taxonomia vegetal, porque cruzamentos férteis podem ocorrer entre plantas de tipos
bastante diferentes. Também não se aplica esta distinção a organismos que não se
reproduzem sexualmente.
À luz da teoria evolucionista, observa-se que uma espécie se modifica constantemente,
no espaço e no tempo, em vez de ser uma forma imutável, ideal, como foi concebida por
Lineu. Desta maneira, a palavra "espécie" possui diferentes significados para diferentes tipos
de organismos, o que não é surpresa se considerarmos que a evolução nos vários grupos de
organismos seguiu caminhos diversificados. No entanto, o termo permanece sendo útil e
possibilita uma maneira adequada de se referir a organismos e catalogá-los.


Grupos Taxonômicos

O reino é a maior unidade usada em classificação biológica. Entre o nível do reino e
do gênero, entretanto, Lineu e taxonomistas posteriores adicionaram diversas categorias (ou
taxa). Temos então, os gêneros agrupados em famílias, as famílias em ordens, as ordens em
classes e as classes em filos (ou divisão, para os botânicos), seguindo um padrão hierárquico.
Essas categorias podem ser subdivididas ou agregadas em várias outras, menos importantes,
como, por exemplo, os subgêneros e as superfamílias.

Regras de Nomenclatura

Os animais, assim como as plantas, são popularmente conhecidos por nomes muito
variáveis de um lugar para outro. Numa tentativa de universalizar os nomes de animais e
plantas, os cientistas têm, há muito, procurado criar uma nomenclatura internacional para a
designação dos seres vivos. Mark Catesby, por volta de 1740, publicou um livro de zoologia
onde denominava o pássaro conhecido como tordo (sabiá americano) de Turdus minor cinereoalbus
non maculatus, que significava: “tordo pequeno branco-acinzentado sem manchas”. Essa
foi uma tentativa de padronizar o nome do pássaro, para que ele pudesse ser conhecido em
qualquer idioma ou região, mas havia o inconveniente de usar uma denominação muito
extensa.
Em 1735, o sueco Carl von Linné, botânico e médico, conhecido simplesmente por
Lineu, lançou seu livro Systema Naturae, no qual propôs regras para classificar e denominar
animais e plantas. Porém, foi somente na 10a edição do seu livro, em 1758, que ele sugeriu
uma nomenclatura mais simples, onde cada organismo seria conhecido por dois nomes
apenas, seguidos e inseparáveis. Surgiu assim a nomenclatura binomial, a qual é ainda hoje
utilizada. As regras para a denominação científica dos seres vivos foram firmadas
posteriormente, no I Congresso Internacional de Nomenclatura Científica, em 1898.
A denominação científica dos animais segue certas regras definidas, as quais são
esboçadas no Código Internacional de Nomenclatura Zoológica. Nomes científicos são
latinizados, mas podem ser derivados de qualquer outra língua ou de nomes de pessoas ou
lugares; a maioria dos nomes é derivada de palavras latinas ou gregas e geralmente refere-se
a alguma característica do animal ou do grupo denominado. Por convenção, os nomes
genéricos e específicos são latinizados, enquanto o nome das famílias, ordens, classes e outras
categorias não o são, embora tenham letra inicial maiúscula. As principais regras da
nomenclatura científica estão resumidas a seguir:
• Na designação científica os nomes devem ser em latim de origem ou, então, latinizados.
• Todo nome científico deve estar destacado no texto. Pode ser escrito em itálico, se for
impresso, ou sublinhado se for em trabalhos manuscritos.
• Cada organismo deve ser reconhecido por uma designação binomial, sendo o primeiro
termo para designar o seu gênero e o segundo, a sua espécie. Considera-se um erro grave
usar o nome da espécie isoladamente, sem ser antecedido pelo gênero.
• O nome relativo ao gênero deve ser um substantivo simples ou composto, escrito com
inicial maiúscula.
• O nome relativo à espécie deve ser um adjetivo escrito com inicial minúscula, salvo
raríssimas exceções: nos casos de denominação específica em homenagem a pessoa
célebre. Por exemplo no Brasil, há quem escreva: Trypanosoma Cruzi, já que o termo Cruzi
é a transliteração latina do nome de Oswaldo Cruz, uma homenagem a esse grande
sanitarista brasileiro.
• Em trabalhos científicos, após o nome do organismo é colocado, por extenso ou
abreviadamente, o nome do autor que primeiro descreveu e denominou, sem qualquer
pontuação intermediária, seguindo-se depois uma vírgula e data da primeira publicação.

Exemplos:
Cachorro: Canis familiaris Lineu ou L., 1758. 
Ancilóstoma: Ancylostoma duodenale Creplin ou C., 1845.
A designação para espécies é binomial, mas para subespécies é trinomial. Por exemplo:
Mycobacterium tuberculosis hominis (tuberculose humana)
Mycobacterium tuberculosis bovis (tuberculose bovina)
Mycobacterium tuberculosis avis (tuberculose aviária)
Em zoologia, a família é denominada pela adição do sufixo idae ao radical
correspondente ao nome do gênero-tipo (gênero mais característico da família). Para
subfamília, o radical adotado é inae. Exemplos:
Gato - gênero: Felis; família: Felidae; sufamília: Felinae.
Cascavel - gênero: Crotalus; família: Crotalidae; sufamília: Crotalinae.

Lei da prioridade: Se diversos autores denominarem um mesmo organismo
diferentemente, prevalece sempre aquela mais antiga, ou seja, a primeira denominação.
A substituição de nomes científicos é permitida somente em casos excepcionais, adotando
para esses casos uma notação especial, já convencionada, que indica tratar-se de espécime
reclassificado. Desta forma, se a posição sistemática de um organismo é modificada, o
nome científico deve assumir a seguinte forma: menciona-se o nome do organismo já no
novo gênero e, a seguir, entre parênteses, o nome do primeiro autor e a data em que a
denominou; só então, fora dos parênteses, coloca-se o nome do segundo autor e a data em
que reclassificou o espécime. Assim, a denominação da formiga saúva Atta sexdans (Lineu,
1758) Fabricius, 1804, indica que Fabricius mudou de gênero o animal inicialmente
descrito e "batizado" por Lineu.

Ao publicar a descrição de uma nova espécie, é prática comum designar um espécimetipo,
descrevê-lo e indicar em que coleção foi colocado. 
















sábado, 5 de março de 2016

CALLISTA MACULATA L., 1758



FILO: Mollusca
CLASSE: Bivalvia
ORDEM: Veneroida
FAMÍLIA: Veneridae
ESPÉCIE: Callista maculata
AUTOR: (Linné, 1758)
Ilha de Itaparica,Bahia-Brasil - Oceano Atlântico (Profundidade: 30-50m).
Concha bivalve com valvas simétricas infladas.Sua concha é muito utilizada para produção de artesanatos, gastronomia e colecionismo (conquiliologia).Sua principal ocorrência fica no Mar do Caribe, Colômbia e América do Sul. A concha pode chegar a 80mm de comprimento. Vive a 30m. de profundidade e vive enterrada em fundos arenosos. Sua alimentação é diversa, e esta espécie é bem comum nos locais que habita.

05 DE MARÇO 2016 PEÇAS DA COLEÇÃO


FILO: Mollusca
CLASSE: Bivalve
ORDEM: Limoida
FAMÍLIA: Limidae
ESPÉCIE: Acesta rathbuni
AUTOR: (Bartsch, 1913)
Oceano Pacífico (Profundidade: 100-200m).
Esta espécie possui um fenômeno raro em sua concha que é a fluorescência. A fluorescência é a capacidade de uma substância de emitir luz quando exposta a radiações do tipo ultravioleta, invisíveis ao olho humano, e que se transformam em luz visível, ou seja, com um comprimento de onda maior que o da radiação incidente. Sao apreciadas pela culinária asiática em específico as Filipinas e o sudeste asiático.
Este animal fica distribuído em todo Sudeste Asiático e Oceania. Seu tamanho pode chegar a 170mm. Vive em fundos arenosos com profundidades de até 310m., sendo um animal bentônico, ou seja, associado ao fundo marinho. Sua alimentação ocorre por filtração, se alimentando de organismos suspensos na coluna de água.


FILO: Mollusca
CLASSE: Gastropoda
ORDEM: Neogastropoda
FAMÍLIA: Volutidae
ESPÉCIE: Adelomelon beckii
AUTOR: (Broderip, 1836)
Praia do Cassino, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil - Oceano Atlântico (Profundidade: 100-200m).Concha fusiforme ornamentada com nódulos em sua espiral.Dentre os gastrópodes marinhos da América do Sul, esta espécie é considerada a maior da costa brasileira, podendo atingir 60 cm de comprimento. O animal é utilizado para a alimentação como recurso pesqueiro, sendo um dos produtos da pesca industrial de arrasto e a sua concha é utilizada para ornamentos e souvenires.  Animal de hábito carnívoro, se alimentando de outros animais. Vive em fundos arenosos e lamosos enterrada ou sob ele e em fundos de cascalho de coral, rochas ou conchas, de 40 à 300 m. de profundidade. É uma espécie relativamente comum e seu tamanho médio varia de 30 a 45cm. A espécie distribui-se geograficamente do sul do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul podendo ocorrer ainda até as Ilhas Falklands. 




FILO: Mollusca
CLASSE: Gastropoda
ORDEM: Littorinimorpha
FAMÍLIA: Melongenidae
ESPÉCIE: Busycon contrarium
AUTOR: (Conrad, 1840)
Marco Island,Florida,USA,Taken in mmuddy sand with grass at extreme low tide.
Concha em formato de figo com canal sifonal alongado e curvo. Possuem poucas espirais ornamentadas com espinhos no centro e finas costelas radiais. Ápice elevado e pontiagudo.
Possui a maior concha de sua família. Esta espécie é muito utilizada para alimentação e ornamentos artesanais. Uma curiosidade é que na área gastronômica, os pés musculares destes moluscos são servidos como bifes em mariscadas. Sua concha também é ilustrada em selos de diversos países. O nome contrarium refere-se a abertura da concha que é do lado contrário, sendo uma concha canhota.Sua localização fica ao longo da costa norte-americana de New Jersey para o Texas. Eles são comumente encontrados em estuários e migram do fundo para águas rasas em tempos de reprodução e baixa oferta de alimentos. São carnívoros e podem atingir até 400mm de comprimento.