domingo, 14 de abril de 2013

APLYSIAS AS LEBRES-DO-MAR


Aplysia dactilomela.
Foto M.Castro

Aplysia sp , pastando em zona de maré e infralitoral
de mares tropicais
Foto: M.Castro

Aplysia californica liberando uma nuvem de tinta
Foto: WIKIPÉDIA
Aplysia brasiliana fotografada na praia de Itapuã,Salvador,Ba.
Foto: M.Castro

Concha interna
Foto; M.Castro


Os opistobrânquios são moluscos marinhos adaptados à vida em todos os tipos de fundos ou na massa d’água. Aplysia dactylomela é bentônica, ou seja,vive associada ao substrato onde rasteja, mas também pode nadar com projeções do pé (parapódios). Na época de desova são encontradas na zona entre-marés, associadas com algas marinhas, que lhes servem de proteção e alimento. São animais lentos e de fácil captura mas, em situações de ameaça, eliminam um líquido púrpura, que facilita sua fuga. As lebres-do-mar são moluscos encontrados em mares temperados e tropicais do mundo, onde encontram uma vasta diversidade de predadores (Pennings, 1990b; Paul & Pennings, 1991; Ginsburg & Paul, 2001; Derby, 2007). Como muitos opistobrânquios, compensam a perda ou redução da concha com outros mecanismos de defesa, incluindo as defesas químicas, sejam elas passivas ou ativas. As defesas químicas passivas não são liberadas sob estresse ou ataque do predador, mas estão presentes na pele e inibem a predação, e muitas vezes são metabólitos oriundos da dieta de algas (Ginsburg & Paul, 2001). As defesas químicas ativas, no entanto, são liberadas sob ataque de predadores, e um exemplo de tal fato é a liberação de uma nuvem violácea composta por pigmentos e outras substâncias (Shabani et al., 2007). Essa nuvem pode conter secreções somente da glândula púrpura, somente da glândula opalina ou de ambas. Os opistobrânquios são os gastópodos que apresentam brânquias na parte posterior do corpo (opisto=posterior). Têm cabeça bem desenvolvida, provida de um ou dois pares de tentáculos. Podem apresentar uma concha interna e uma cavidade posterior reduzida, onde se encontram as brânquias (cavidade paleal) ou não apresentar concha nem cavidade paleal, tendo as brânquias expostas.  Aplysia dactylomela tem simetria bilateral e tamanho próximo a 15cm. Apresenta cabeça com dois pares de tentáculos. Sua cor é amarelo-esverdeada, com manchas negras esparsas. A concha desta espécie apresenta tamanho reduzido e não é visível externamente pois é encoberta por uma dobra delgada da epiderme, denominada manto. Os aplisilídeos têm longas células nervosas e por isto tornaram-se modelos de estudo da aprendizagem e do funcionamento do cérebro.
 DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Mundial: Tropical e subtropical; no Brasil, ocorre de Fortaleza a São Paulo. No Estado: A distribuição na Bahia não é conhecida, mas é freqüente nas praias de Salvador e do litoral norte.
Aplysia dactylomela é herbívora, alimentando-se de algas, sobretudo do gênero Ulva (alface-do-mar).
REPRODUÇÃO:
Como todo opistobrânquio, Aplysia dactylomela é hermafrodita, e sua cópula promove troca mútua de espermatozóides. Os ovos são depositados dentro de cordões gelatinosos amarelos, que ficam presos entre as algas ou em outro substrato e o desenvolvimento é direto. Rios, Eliezer. Seashells of Brasil. 2 ed. Rio Grande: Ed. da FURG.1994. 368p.























Um comentário: