terça-feira, 13 de novembro de 2012

MONOPLACOPHORA E APLACOPHORA

Monoplacophora - possuem uma única valva arredondada.Embora tenham sido muito comuns no período Paleozóico em águas rasas, hoje não podem mais ser encontrados nestas áreas. O descobrimento de espécies de animais considerados extintos, nos leva a rever estas considerações. As águas rasas são fisicamente mais variáveis do que as águas profundas onde salinidades, pressão e temperatura são mais estáveis.
Considerados nada comuns em coleções particulares, devido as profundidades onde vivem, algumas espécies vivem em profundidades relativamente rasas. Na costa da Itália, espécimens de Veleropilina podem ser encontradas em profundidades de 180 metros. Mas a grande maioria ainda vive em profundidades abissais.



Aplacophora- não possuem concha ou apresentam apenas vestígios internos desta.Neste caso podemos citar a lesma de jardim como seu principal representante.
Estes animais são mais parecidos com vermes, com uma cobertura brilhante composta de inúmeros espinhos ou escamas formados de carbonato de cálcio, também conhecidos como escleritos. Cada espinho é espelido de maneira extra celular como nos poliplacófora. O processo se inicia com o encapsulamento de uma célula individual que cresce através da cutícula. Estes espinhos são compostos de aragonita, com excessão das espécies de Notomenia, que não possuem Carbonato de Cálcio.

A classe está dividida em dois grupos: Solenogastres (Neomeniomorpha) e Caudofoveata (Chaetodermomorpha).
Solenogastres: possuem uma abertura ventral estreita onde está o pé, que não passa de uma protuberância ciliada sem músculos por onde se arrasta. São hermafroditas.
Caudofovetas: diferentemente dos Solenogastres estes não possuem um pé ou abertura ventral. São dióicos (sexos separados). A cabeça é geralmente separada do corpo por uma pequena constrição.

Aplacophorans
Two aplacophora: Chaetoderma elegans (Top) is a
chaetodermomorph;the bottom photo is of an unidentified
neomeniomorph.Note the glistening spicules on both.
Monterey Bay Aquarium Research Institute (MBARI)


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

CEPHALOPODA

Possuem uma só valva, interna e bem reduzida ,em alguns pode ser ausente esta valva. A concha pode ser de uma só valva reta ou enrolada em espiral.São os moluscos mais evoluídos e o que caracteriza esta classe são os tentáculos , que se situam ao redor da boca.


Nautilus pompilius L.,1758 Philippines

Argonauta hians Lightfoot,1786, Philippines
Sepia oficinalis L.,1758-Espanha-concha interna
Argonauta nouryi Lorois,1852-Ecuador

Argonauta nodosa Lightfoot,1786, Arraial do Cabo-Rio de Janeiro



Spirulla spirula L.,1758. coletadas sobre a areia em Vilas do Atlântico-Ba.


Esta família possui um único gênero e uma única espécie em todo o mundo. A concha é interna e possui várias câmaras, mais de 30 em espécies adultos. Sua concha espiralada é bem característica e lembra muito os primeiros cephalopodes. Seu ancestral era conhecido com Belemnites que viveram no Jurássico e Cretáceo.

A concha é interna e funciona como um aparato que controla a flutuação do animal.
http://www.conchasbrasil.org.br

Abaixo o animal que a recobre,foto do Dr.Steve O'Shea





sábado, 10 de novembro de 2012

TAXIDERMIA DE CRUSTÁCEOS

Entre os animais ,os artrópodes representam a maior diversidade de formas e tamanhos,habitando uma grande variedade de ecossistemas, entre os artrópodes mas estudados e diversificados estão os crustáceos.
Para exemplares maiores de 15 cm efetuo as seguintes operações: a morte do exemplar, normalmente no comércio se encontram exemplares já mortos, caso contrário recomento coloca-lo no congelador por aproximadamente uma hora, e logo depois de descongela-lo iniciar o trabalho.
A escolha do animal deve ser criteriosa, observando se o mesmo se encontra com as extremidades completas e sem lesões.

Limpar o animal , retirando areia,lama,algas, usando uma escova em água corrente,a fim de retirar sujeiras incrustadas.


Separar a parte posterior da carapaça do crustáceo, com cuidado já que é uma região muito fácil de se quebrar. Eu utilizo um bisturi para separar todas as partes.







Usando o bisturi, e a pinça vou limpando toda a carapaça por dentro, retirando o máximo que puder, tendo o cuidado na região onde se encontram as peças bucais. Sempre com água corrente, que ajuda a remover os restos do animal.




Depois de limpo , mergulho o animal no formol por 24 horas,dependendo do tamanho, um pouco mais.
Retiro do formol (usando sempre luvas, pois o formol é tóxico) e lavo em água corrente para retirar o cheiro e algum resíduo do animal ( se sobrar alguma parte pequena , o formol irá resseca-la).
Injete formol na Quela (Pinça) entre o Dactilo e o dedo rígido.
Sobre uma paca de isopor vou montando o animal na posição desejada, fixando co alfinetes ( animais pequenos) e pauzinhos de churrasco para animais maiores.
Deve-se observar a posição das pernas para não atrapalhar a colocação da carapaça , que será feita após a secagem do animal.
Recomenda-se em animais maiores a desarticulação de todo o animal , para a retirada da carne.
(Sugiro que faça isso se já souber taxidermizar animais de médio porte como o Cardisoma guanhumi  -guaiamum acima, já que deverá se reforçado internamente com arame.)
Nos animais menores que 15 cm , colocar diretamente no formol,por uma hora ,lavar e montar.
Um recipiente onde possa caber o exemplar mergulhado em formol 50% + água 50%  .
Verniz fino para brilho e conservação.
No caso de ataque por fungo ou brocas, utilizo xilol puro, limpando o animal com um cotonete.
O xilol deve ser manuseado em ambiente ventilado , com máscara e luvas pois é tóxico.


Ferramentas para a taxidermia em crustáceo
Pinça de ranhura de ponta rombuda reta.
Estilete ou bisturí.
Pinça de ranhura de ponta fina.

Pincel para aplicar o verniz
Alfinetes e Pauzinho de churrasco
Formol
Uma placa de isopor para montagem do animal