sábado, 17 de novembro de 2012

NUDIBRÂNQUIOS



Com aproximadamente 3.000 espécies,os nudibrânquios, que pertencem a Superordem Opisthobranchia,situam-se entre os moluscos mais belos que há. Apresentam manto ou concha bem reduzida ou completamente ausente. A superfície corporal dorsal é bastante aumentada na maioria dos nudibrânquios pelas projeções chamadas CERES, que podem ter a função de defesa contra predadores (Rupert e Barnes,1994). São tipicamente predadores de esponjas, ascídias,briozoários,octocorais e outros moluscos. Como suas presas sésseis produzem ou acumulam substâncias que podem apresentar atividade biológica, estes moluscos terminam por adquirir e acumular estas substâncias.


Foto:Marcelo Castro

G.atlanticus depreda organismos pelágicos de maiores dimensões, entre os quais cnidários como a caravela (Physalia physalis), Velella velella e Porpita porpita e moluscos pelágicos como Janthina janthina. Conhecem-se casos em que exibe comportamento canibal, predando exemplares da própria espécie.
G. atlanticus é capaz de se alimentar de P. physalis porque exibe imunidade ao veneno dos nematocistos daquela espécie, consumindo a caravela inteira selecionando e armazenado as toxinas e osnematocistos para seu próprio uso. O veneno é recolhido em sacos especializados localizados nas pontas dos seus apêndices (os "dedos" das suas extremidades)
Dado que Glaucus armazena o veneno, pode produzir um efeito ainda mais potente e mortal do que o resultante diretamente da toxina da caravela.
Com a ajuda de um saco cheio de gás no seu estômago, G. atlanticus flutua perto da superfície. A combinação dos efeitos resultantes da posição do saco e da tensão superficial da água fazem com que se mantenha em posição invertida: a superfície dorsal é na realidade o pé. A sua coloração azulada serve de camuflagem.


Glauco atlanticus Foster,1777
Foto:Marcelo Castro

Alimentando-se de uma Caravela Portuguesa.
Foto: Bill Rudman

Porpita porpita

Foto: Marcelo Castro


Micromelo undatus (Bruguière, 1792),Itapoã,Ba.2012
Foto: Marcelo Castro

Segundo um estudo o animal está começando a livra-se da concha ,que está se tornando mais fina  e menos importante como órgão de proteção.
Foto; Marcelo Castro


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